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Quais os erros mais habituais de um contador iniciante?

Como diria o inventor Thomas Edison, “a maior fraqueza do ser humano é desistir. O caminho mais evidente para o sucesso é sempre o mesmo: tentar mais uma vez”...

Como diria o inventor Thomas Edison, “a maior fraqueza do ser humano é desistir. O caminho mais evidente para o sucesso é sempre o mesmo: tentar mais uma vez”. Neste sentido, toda pessoa que está cursando faculdade ou acabou de terminá-la, por mais que domine a teoria, ainda tem dificuldade com a prática, a qual obviamente, só é conquistada com o tempo.

E, na Contabilidade, esse cenário não é diferente: só o dia a dia é capaz de fazer com que um profissional contábil conheça suas habilidades, seus propósitos, o que é necessário para alcança-los, bem como os principais macetes laborais. Portanto, a prática, cujo conceito se entende por “aplicação das regras e dos princípios de uma arte ou de uma ciência” é a melhor maneira de se atuar na profissão, afinal ela aprofunda a vivência e o conhecimento dos fundamentos teóricos.

Neste sentido, sabendo das dificuldades de algumas pessoas em começo de carreira contábil, o Portal Dedução listou os principais erros e equívocos dos profissionais de Contabilidade que ainda estão nos primeiros degraus de uma longa escada – e o que fazer para evitá-los. Confira:

  1. Deixar de revisar a legislação com frequência: no Brasil, leis, instruções normativas, atos declaratórios, portarias, decretos etc mudam da noite para o dia, com a maior facilidade. Como a Contabilidade está diretamente relacionada com as áreas empresarial, tributária, trabalhista, financeira, previdenciária e societária das empresas, o ideal é não só acompanhar essa legislação pelas notícias, mas se aprofundar sobre o tema por meio de cursos e palestras promovidos, muitas vezes, de forma gratuita, pelas entidades de classe. Não há nada pior do que ser um contador retrógrado, então todo profissional tem que ter em mente que as novidades fazem parte da carreira e que a atualização não é uma opção ou um diferencial, mas sim um dever.
  2. Aceitar qualquer emprego: com 10,6 milhões de desempregados, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, muitos contadores acreditam que “é melhor pingar do que secar”. Claro que, em início de ocupação, empregos menos atraentes fazem parte, assim como salários mais baixos. Isso é essencial, inclusive, para o aprendizado. Contudo, é fundamental progredir sempre, afinal é do processo humano o contínuo desenvolvimento. Então, apesar da atividade atual, é importante que o profissional invista em si mesmo, seja fazendo uma segunda graduação, ou buscando cursos extras-curriculares.
  3. Não conhecer o mercado de atuação: a Contabilidade, diferente de outras profissões, é uma carreira que oferece diferenciadas vertentes de atuação. E aí é que mora o perigo: muita gente busca empregos a partir de opiniões ou indicações de colegas, mas isso não é garantia de boas oportunidades. Pelo contrário: o que é bom para um, pode não ser tão bom assim para o outro. Então, aqui a sugestão é conhecer bem o mercado de atuação. Por exemplo: se é consultoria, quais são os benefícios, as desvantagens, se há oportunidades para upgrades de carreira, se as empresas pagam de acordo com as expectativas… E assim por diante em todas as áreas.
  4. Não investir em networking: esse é uma falha bem comum dos principiantes, mas vale lembrar que o contato com outras pessoas interessadas nas mesmas coisas é fundamental para manter um bom posicionamento dentro da carreira contábil. Por isso, ainda na graduação, é importante que o estudante participe de palestras, seminários, cursos, workshops… Tudo vale para trocar figurinhas com quem é colega de trabalho e aumentar a rede de relacionamentos.
  5. Ignorar a segurança da informação: a Contabilidade está introduzida em um mundo digital. Isso é fato. E o contador trabalha com números, informações sigilosas, dados de pessoas e dinheiro. E, assim como no ambiente físico, o virtual está cheio de ameaças que podem, através de um simples clique, colocar em risco pessoas e até toda uma organização. Logo, é obrigação do profissional contábil lidar da melhor forma com todos os dados, coibindo assim as investidas dos cibercriminosos.
  6. Falhar nos números e nos cálculos de impostos: neste ponto, não há necessidade nem de explicação, não é mesmo? Há quem diga que o contador é o profissional dos números; tem quem afirme que ele é o médico salvaguarda das empresas. Pois então: imagine você indo ao médico por conta de uma forte dor de cabeça e o remédio para o problema é dado para a barriga?! Neste sentido, é essencial ter a seguinte informação gravada na mente: a primeira e principal atividade de todo contador é o cálculo da vasta quantidade de impostos das esferas municipal, estadual e federal.
  7. Deixar de aplicar os Princípios da Contabilidade: é esse conjunto de normas e padrões que faz com que o profissional registre os fatos contábeis de acordo com um regramento que permite a mensuração correta dos bens e patrimônio das pessoas físicas, empresas, entidades do terceiro setor ou governos. Os princípios básicos são: competência; continuidade; controle. oportunidade; prudência; e registro pelo valor original e só através deles é possível atuar conforme as exigências profissionais e não colocar em risco as informações das entidades que atende.

E, por fim, além desses sete erros, há um que é o principal: o de não aprender com os próprios erros. Já diz o ditado “errar é humano e insistir no erro é burrice”. Então, antes de pensar nos erros acima listados, vale ressaltar que saber reconhecer os próprios erros – e tentar repará-los – além de um sinal de humildade é uma atitude que traz autoconhecimento, fazendo com que percebemos melhor as nossas próprias qualidades e imperfeições e o que é preciso trabalhar para nos tornarmos pessoas melhores.

Da Redação do Portal Dedução